Veio o menino, sorridente e belo,
Entrou pelo jardim, chegou-se à fonte,
Deitou ao chão suas armas; e eu, ao vê-lo,
Fiquei mudo, e olhei para o horizonte.
“Ele veio beber e descansar,
Não quer mais nada, recostou o arco
E as flechas, não está a procurar
Mais um peito que sirva de alvo e marco
A seus tiros certeiros de paixão”.
Isso eu pensei, tentando ganhar calma,
Enquanto ele soerguia a própria mão
De finos dedos claros, e com a palma
Estendida, acertou meu coração,
Fazendo então minha alma amar tua alma.
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