segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Sonho lúcido

É sempre assim
Sempre fica uma dura incerteza
E uma amável delicadeza
É sempre sem fim
Mas sempre muito perto
Do não e do sim
E do não
Haja coração
É sempre meia-noite
É sempre meio-dia
É sempre meio dia
E sempre meio noite
Parece uma coisa forte
Como um bebê sorrindo
Parece a vida e um corte
Um bólide que vem vindo
E haja paciência
Calma, precisão
Eloquência
E nada faz sentido
Mas tudo é tão sentido
Que eu falo sempre amigo
E sempre digo amante
E agora é como antes
Sempre será assim
Não sei o que ela quer
Mas a quero e quero tanto
Que quero o que ela quer
Para o meu próprio espanto

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